sexta-feira, 6 de setembro de 2013


O envelope

Era apenas um envelope para alguém que recebia igual a tantos outro que ali chegavam para o concurso todos os dias, mas para mim estavam ali todos os sonhos de uma vida. Aquela mulher que não levantava os olhos dos papéis que lia sobre a mesa não sabia tudo que aquele envelope continha.
A oportunidade esperada por longos anos, a esperança seria julgada por uma pessoa que nem me conhecia.
Minha vontade bater com a mão na mesa, chamar a atenção dela e dizer:
- Ei você, olhe pra mim! – Fale com eles faça que escolham o meu. Mereço mais que todos que tem tantos sonhos como o eu.
Parecia que aquela mulher era treinada para serem indiferentes aos nossos anseios com sua face enigmática de nada, eu queria um sorriso uma palavra de incentivo.
Ela não sabia que ali diante dela existia um peito que explodia. Uma voz que gritava dentro de si- Por favor, tem que ser o meu! – Lá se foi o envelope para uma gaveta com tantos outros ali guardados. Com sua ida veio o medo de que ele nunca chegasse ao seu destino.
Eu ainda estava ali parada diante dela sem querer transparecer meus olhos assustados, pela primeira vez parou de fazer anotações sobre o papel, olhou por cima do seu óculos fixo na ponta do nariz enquanto eu esperava ouvir " boa sorte" ela disse:
-Há algo mais?
 Seco assim, sem modificar sua face em nada nem ao menos um esboço de um sorriso era mais como quem diz:
- Pode ir! – O que ainda ta fazendo ai parada?
Não tive alternativa além de dizer: " Não obrigada!" e me retirarei, deixando para trás tudo que esperei desde criança naquela gaveta escura e sem vida que mais parecia a caixinha de Pandora. Sai levando apenas a esperança e a voz na minha mente que dizia:

- Por favor, escolham o meu!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

“Quando terei destino certo,quando meus olhos aberto viverá a vida além do que é chorar,quando não terei mais medo do escuro,da madrugada,até a solidão e o medo me consumir,saberei que um  sorriso é muito mais do que tantas lagrimas que em vão derramei e por que derramei simplesmente por ser eu o senhor da noite que escreve seu destino muito além do que esperam, santamente derrapei ao longe  enquanto o meu sangue lavava minha lama de espírito repleto mais uma vez a donzela escrevia enquanto tudo ao redor caia por amor a escrever e tudo além da voz que atormentavas sua mente inerte refletida como versos enquanto aos seus ouvidos murmuravam quase que aquela voz imperceptível que lhe atormentava, ela abominava tudo que a voz não entendia mas somente escrevia o que seu coração dizia por que a dor lhe massacrava enquanto seu espírito transbordava, alimentar-lhe seria o que mataria de sofrer porém era transpor o que lhe faria viver que fosse por vagos minutos mas era somente quando se encontrava e percebia que estava no lugar certo,tenha fé.”