quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Paixão maldita.














Aspiro o ar como um lobo sedento,
farejando algum vestígio,
qualquer traço que me remeta á você.
Nesse desespero de te encontrar,
sinto em cada pedaço de mim
sua presença viva em meu corpo lânguido.
Sorrateiramente sem pudor,
me aproximo de seu rastro,
verto em uma sede incontestável
pelo que vivemos em nosso passado.
Sou capaz de ver sua imagem em outras faces,
de ouvir sua voz em outros lábios,
disfarçando minha indiferença,
camuflando as evidências,
fingindo aparente interesse,
pelo que já nem me importo,
mas o que busco é você em cada detalhe,
quando tudo que tenho
não satisfaz minha ânsia ardente de te encontra,
transfiro-me para outro espaço
atrás de seus passos que já nem existem.
Sou capaz de me apaixonar de novo,
devorar cada centímetro que vislumbre você,
no entanto minha boca irrefutável
só deseja o que existe de você
e  essa paixão maldita
é novamente preenchida
por esse sentir inexpugnável
por tudo que encontro e recolho de você.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Que saudade de você!


Faz pouco tempo que você se foi,
meu coração não para de doer,
dentro de mim mas parece uma eternidade.
em meu mundo ainda há muito de você.
Dentro de mim um vazio que não consigo entender.
Sempre sobra buracos.
O tempo agora parece muito longo,
o mesmo tempo que era tão curto
quando eu estava com você.
È difícil fazer alguém entender,
Que não quero palavras,
Quero você.
Existem sim muitos no mundo,
A  questão não é perder você,
 tenho muitos que poderiam preencher
Mas será se não dá pra compreender,
Nenhum é você.
Te amo, esse sentimento dentro de mim inflama.
 Volta, vem me ver!
 Te amo,estou morrendo de saudade de você!

sábado, 15 de dezembro de 2012

Pescador















A beira do cais homem de pele rugosa,
queimada pelo sol.
-Puxa.Puxa a rede!
Descobre forças onde já não existe,
franzino de corpo esquelético.
Parece-lhe farto o arrasto,
dinheiro pouco, quase não vê.
No prato de ninguém irá faltar,
finos restaurantes vão se deleitar,
O pescado no mais alto requinte,
vendido  a preço de ouro nos pratos dos granfinos.
Dinheiro o pescador não vê!
Pés descalços.Roupas rasgadas.
Para os filhos pirão e Gó!
Ninguém tem dó?
Tanto trabalha o pescador pra viver na miséria,
tantos filhos que tem falta-lhe a memória,
melhor gritar pelo apelido:
- Quinho, Binho, Dinho, Leleco, Zé!
No ver o peso contam-se mais de cem,
pedindo esmola,passando fome.
Por isso dizem que meu Brasil é belo?
Quem mais trabalha tem que sofrer?
Enquanto poucos vivem na fartura,
sem conhecer como a vida do pescador
em minha Pátria é dura.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


O tempo é seu grande amigo,acredite que tudo se transforma em seu beneficio,não há dor que se prolongue para sempre tudo acaba um dia,nem se detenha em coisas fúteis.É indispensável a luta,a reflexão e principalmente a razão para conhecer a si mesmo. Siga confiante em Deus mas principalmente em você pois ele precisa que esteja disponível para agir em tua vida se não tudo torna-se mais difícil, mas demorado, mas dolorido. A vida não é feita de defeitos, falhas e tristezas...Há muita alegria até nas pequenas coisas, só deixar de lamentar o destino e  olhar com mais atenção.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012



Não te quero triste,
 quando me olha nem me conhece.
Poderia ver que não sou mais alguém
que sempre estava a seu favor.
Nossas lembranças  guardo em minha vida
mas tudo acabou não há saída
para viver com sentimento sem sentido.
Lágrimas caíram não vai ter jeito,
também não cessará a dor aqui no peito
mas temos o direito de ser feliz
vivendo cada qual um novo amor.
O amor não vai embora
apenas achamos outro alguém que preencha o espaço
que se criou pelo cansaço
de tantas coisas que não foram ditas
e outras ditas em excesso.
É triste dizer adeus
Mas palavras o vento leva
e feridas o tempo cura.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Ruas de pedras



Andava pelas ruas de Belém.
Ruas de pedras marcadas pelo cajado do tempo.
Tinha medo...
Medo do que me esperava em cada esquina.
Medo da vida que queima em brasas.
Não ousava pensar no que me esperava.
Adiante nalguma surpresa,
 haveriam sonhos nas rugas dessas estradas?
Nas pedras tão perfeitamente escupidas pela chuva,
está meu coração entre pedras perdido.
Apenas restam as sombras de nossas mangueiras
 que nos seguem em nossa caminhada.
Existirá momentos em que ousaremos nos aventurar
por esses becos escuros e sem vida?
Haverá momentos em que ousaremos olhar pra alguém diferente,
esquecendo as lembranças de um passado atrás de um novo olhar?




domingo, 9 de dezembro de 2012


Destilo com honradez aquele belo momento em que as mascaras caem e não há nada mais a fazer além de mostrar a verdadeira face.
Tenho dificuldade em definir se a dor que sinto ,é por que perdi alguém quem tanto amei,ou esse sentimento rasgado que cá trago no peito foi ao descobrir que quem amei nunca existiu,ao menos pra mim você não quiz ser sua verdade,era apenas pra preencher a falta de amor que alguém lhe deixava.
Recordo mentalmente os últimos detalhes de nossas palavras,até no último momento tentou me persuadir mesmo quando já nem lhe importava.Acolho com entrega o impacto da lança perdida da desilusão,foi apenas um sonho de palavras ilegítimas que eu vivi ,tão cheias de encanto,para lhe proporcionar momentos de emoção,mas não culpo-te somente ,também bebi o néctar embriagante dos nossos momentos de paixão. De tantas emoções que sentíamos cravou-me espinhos tão profundos sobre minha pele, irreais bem verdade,mas não consegui arrancá-los,para você no entanto apenas palavras brevemente esquecidas. Gosto da dor que sinto,quero que sangre mais e mais,até que saia do meu corpo a ultima gota de você.Preciso substituir de meu paladar o doce das frases perfeitamente decoradas que jorravam de seus lábios.
Fico nessa transfusão absurda de recordar o quanto tudo em você me fez bem e o flagelo que causou-me ao descobrir a farsa de tão sutis declarações.sei que não haverá remédio vai doer muito mais do que eu seja capaz de suportar,meu consolo será saber que não vivo mais uma ilusão,vou me acostumar a conviver com essa dor até não perceber ela passar e as iniciais do teu nome tão desenhadas em mim não irão mais de você recordar,vai doer o tanto que tiver que doer até essa dor passar.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Murmúrios e Bochichos

Falo o que penso ,
digo o que preciso,
cuide do seu nariz ,
eu cuido do meu umbigo .
Se precisa falar de mim,
honrado fico.
Mesmo cotidiana vida que tenho,
faz-se palco para comédias tão sublimes,
atraindo público tão hostil.
Agitem-se seus guizos,
fiquem zarolhos quando eu passar,
rasguem suas goelas,
mas não deixem de falar.
Não devo nada a ninguém,
entre murmúrios e bochichos.
-Veja só que incrível !
quanto mais olhares atraio
mais famoso fico.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Menos você.

Estou menos melancólico hoje,
menos você.
Não sei por que ainda insisto em falar teu nome,
falo mal de ti.
Quero expor todos os teus defeitos,
preciso que alguém escute
mas que se cale.
Que vicio tem esse teu nome!
Apenas eu posso te fragmentar propositalmente.
Se alguém me der palpite,
logo começo a listar tuas qualidades,
Que doença tem esse teu nome!
Necessito falar de ti.
Quero que não apareça em minha porta,
desejo  que desapareça,
pra sempre me esqueça,
só quero  falar mal de ti.
Que feitiço tem esse teu nome!
Não quero mais ouvir falar de ti,
Ainda assim, continuo falando.