sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Eu sei onde posso encontrar respostas, embora, não suporte conhecê-las.
Sei bem como fingir, tornei-me muito boa nisso.
Sei como magoar, sei como mentir. E ainda machuco a mim mesma.
Meu bem, eu sei de tudo...Também sei deixar você sozinho.
A noite está quase acabando.Tenho contado os minutos todos os dias.
Será que alguém ouviu qualquer coisa insana entre os lábios flácidos?
Será que alguém percebeu palavras de aflição entre sonhos lindos?







terça-feira, 22 de setembro de 2015

Noite triste

O que espera de mim, noite triste?
Que trema de frio no inverno de meu coração?
Ou que sinta o sabor amargo de minhas lágrimas?
Já não foi o suficiente o que me fizeste sofrer ?
Não te conformas com nada ?
Tem que levar embora também minhas ilusões?
Não, noite triste! 
Quanta injúria parece conceber-me!
O que ainda espera de mim, nessa noite?
Que sinta o opróbrio do que perdi  ?
Ou que lamente a falta do que nunca possui de verdade ?
Quer fazer jazer minha lucidez ?
Não te basta o meu desalento?
 Quer também me abater?
Tu bem sabe que já sangrei tantas vezes sem me deixar vencer.
Foste testemunha de tantos ultrajes que acabaram por secar meus olhos.
Não, noite triste! 
Não fui feita para ser prisioneira de minhas tristezas.
Conforma-te com o que tem. 
Não te darei minha razão!





terça-feira, 1 de setembro de 2015

Eu sempre tive medo de acordar desse sonho estranho chamado realidade e perceber que nunca estive aqui, sempre estive olhando minha vida através de mim, como um ser invisível, inacreditável.  Tive medo de ver tudo diferente, de ser diferente dos outros. Ou de estar constantemente questionando minhas limitações. Mas, não quero usar minha condição de mulher como desculpa para nunca lutar por nada. Sempre tive medo de nunca descobrir quem sou, por que estou me reconstruindo todos os dias. Medo de viver essa constante insatisfação com o dia de hoje. Medo de esperar muito mais da eternidade do que o futuro pode me proporcionar. Medo de desperdiçar uma vida inteira sem nunca encontrar um amor verdadeiro. Viver buscando algo que posso não encontrar. E no fim de tudo, apenas desaparecer, como se nunca estivesse existido.