domingo, 6 de dezembro de 2015
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
DESALENTO
Por
que tu ama aquilo que te causa dor
Por
que tu chora tantas noites sem calor
Por
que aflige teu coração com desespero,
Se
quem tu ama nem poderia sabê-lo
Assim
fenecerá tão rapidamente
]Cultivando lágrimas que queimam a tua face
Sobrevivendo nas ruínas de um tempo
Na
sombra de um amor demente
Quão
bonita foste em um passado não muito distante
Quando
havia alegria em teu semblante
Quando
sorria por qualquer motivo
Quando
rejeitava tantos versos que lhe ofereciam
Ainda
que sejam muitos, os pesares em teu coração,
nunca
deixe que tirem de ti, o amor de si mesma.
sábado, 28 de novembro de 2015
Meus
olhos, agora tão opacos.
Destruídos pela miséria do tempo.
Confinados
sob a luz de algum encantamento,
que
só eu pude ver, enquanto havia esperança.
Cansada
fiquei, de amar e nunca receber em conta,
de desperdiçar meus dias, vivendo de lembranças.
De
como fomos felizes em algum passado longínquo.
Quando
ainda me olhava nos olhos, e dizia, te amo.
Naquele
tempo...
Sequer
haveria dor...
Sequer
haveria lágrimas...
Sequer
haveria sofrer...
Diga-me
então , que sentido eu encontraria na morte?
Se
o amor que é tão vivo, morreu para ti, depois em mim e para ambos .
O
quão negligente fui comigo mesma, de esperar devoção recíproca.
Se até o que é doce, de tão doce, também emareia.
Se até o que é doce, de tão doce, também emareia.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
Eu sei onde posso encontrar respostas, embora, não suporte conhecê-las.
Sei bem como fingir, tornei-me muito boa nisso.
Sei como magoar, sei como mentir. E ainda machuco a mim mesma.
Meu bem, eu sei de tudo...Também sei deixar você sozinho.
A noite está quase acabando.Tenho contado os minutos todos os dias.
Será que alguém ouviu qualquer coisa insana entre os lábios
flácidos?
Será que alguém percebeu palavras de aflição entre sonhos lindos?
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Noite triste
O que espera de mim,
noite triste?
Que trema de frio no
inverno de meu coração?
Ou que sinta o sabor
amargo de minhas lágrimas?
Já não foi o
suficiente o que me fizeste sofrer ?
Não te conformas com
nada ?
Tem que levar embora também
minhas ilusões?
Não, noite triste!
Quanta injúria parece conceber-me!
Quanta injúria parece conceber-me!
O que ainda espera de
mim, nessa noite?
Que sinta o opróbrio do
que perdi ?
Ou que lamente a falta
do que nunca possui de verdade ?
Quer fazer jazer minha lucidez ?
Não te basta o meu
desalento?
Quer também me abater?
Quer também me abater?
Tu bem sabe que já
sangrei tantas vezes sem me deixar vencer.
Foste testemunha de
tantos ultrajes que acabaram por secar meus olhos.
Não, noite triste!
Não fui feita para ser prisioneira de minhas tristezas.
Não fui feita para ser prisioneira de minhas tristezas.
Conforma-te com o que
tem.
Não te darei minha razão!
Não te darei minha razão!
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Eu sempre
tive medo de acordar desse sonho estranho chamado realidade e perceber que nunca
estive aqui, sempre estive olhando minha vida através de mim, como um ser
invisível, inacreditável. Tive
medo de ver tudo diferente, de ser diferente dos outros. Ou de estar constantemente questionando minhas limitações. Mas, não quero usar minha condição de mulher
como desculpa para nunca lutar por nada. Sempre tive medo de nunca descobrir
quem sou, por que estou me reconstruindo todos os dias. Medo
de viver essa constante insatisfação com o dia de hoje. Medo de esperar muito
mais da eternidade do que o futuro pode me proporcionar. Medo de desperdiçar
uma vida inteira sem nunca encontrar um amor verdadeiro. Viver buscando algo que posso não encontrar. E no fim de tudo, apenas desaparecer, como se nunca estivesse existido.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
(...) Entre tantas coisas que
acreditava , pensei que soubesse. Percebi que não sei nada, quando me vi
confrontando meus valores, tantas e tantas vezes propagados, construídos entre
folhas e papéis, livros e escritos. Por
que poderia ter tanta certeza que estivéssemos certos, se tudo que vemos é
superficial. E tudo que não vemos é o que precisamos descobrir de verdade. Olhar para o outro e
esquecer a carapaça forçada. Despir-se de si mesmo, para esquecer todos os
nossos falsos julgamentos. Desnudarmos nossa consciência manipulada. Admitir nossa condição de miseráveis ignorantes. E que a vida é uma constante aprendizagem. A verdadeira sabedoria,
liberta, não subjuga e não condena. Precisamos olhar o mundo como no primeiro
dia da criação. Onde tudo era apenas um rascunho na consciência.
E tudo era lindo. Pois existia perfeição na indefinição das formas. Uma forma fazia da existência ignorada. Somente as escuridão existia e também era linda, por que através dela surgia a luz. Não existia a distinção de definição da forma. Logo, não havia rejeição, por que nada era nomeado. Nomear é também limitar-se. Quando vamos de encontro ao desconhecido nossa consciência está livre para descobrir por si mesma. Essa é a circunspecção liberadora da humanidade.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Minha linguagem
Perdi o meu gosto de ser gente,
como espécie humana vivendo em sociedade.
Vivo no meu isolamento temporário.
Por que olho e não reconheço.
Escuto e não entendo.
As pessoas vivem de qualquer jeito e rejeitam tudo que
não conhecem.
Estão apenas negando o reflexo de si mesmos.
Eu gosto do novo mesmo que não suporte sair do meu
cotidiano.
Prefiro o que ainda não entendo,
do que já sei tão previsível.
Prefiro ser esse bicho, solto, livre e selvagem.
Descobrindo meu jeito de ser humano,
criando a minha própria linguagem.
sábado, 11 de abril de 2015
... de tão sensível que era, que até o
coaxar dos sapos lhe fazia chorar.
Disseram-lhe tola, por que só ela viu a
lua por de trás daquela nuvem. Só ela sentiu o vento frio do inverno e se
molhou quando a chuva caiu. Apaixonou-se tantas vezes: pelo mar, pelas águas,
pelas areias no deserto, pelo verde das florestas e pelo universo. Por que seu
coração era sincero e acreditava em tudo que diziam.
Quem
dera fosse verdade, ela não teria chorado como uma boba, tantas noites sozinha.
Feriu-se muitas vezes e se permitiu sentir a dor sem desejar fugir e mesmo
quando sangrava achava lindo. Sentia que estava viva. E todos lhe perguntavam,
por que ela continuava acreditando que houvesse honestidade que toda a beleza não
fosse uma farsa e os sorrisos uma máscara.
Ela disse que confiar não era uma opção, se
não fosse assim, nunca saberia o que era a verdadeiro ou não. Só existe uma
vida e viver é tão bom. Quando chegasse à morte não teria que lamentar o final de uma
vida inútil. Só desejava descansar sem culpa pelos dias desperdiçados, ou pelos momentos que deixou de viver e os sentimentos que nunca descobriu, por medo de
ser muito humano. Ela só queria amar plenamente, correndo todos os riscos da perfeita entrega, mesmo que para os outros parecesse patético.
terça-feira, 7 de abril de 2015
Alguém
me disse que comi um livro...
“Comi
um livro?”, perguntei, indeciso.
“Devorei”,
respondi.
Saboreei
o fruto proibido...
Meus
olhos se abriram...
Eu
enxerguei....
Quanto
perigo existe no conhecimento.
A ingenuidade
só é preciosa para aqueles que têm o controle.
Quanto
tormento existe na verdade.
Disseram
que fui expulso do paraíso...
Quem lhes disse que quero ficar numa terra de cegos?
Então, eu vi tudo ao meu redor: fome, miséria, tormento e solidão.
Eu
compreendi, nós ainda estamos nus.
Andei
pelo mundo, conheci a dor e as tristezas.
Chorei
nas noites, sentindo o abandono de tantos órfãos.
E sofri
as dores de todos os partos,
das crianças esquecidas nessa terra, árida.
Tive
saudade da minha inocência.
Naquele
tempo que eu não sabia de nada.
Meus
olhos continuaram a abertos.
Nunca
mais fecharam, nem para dormir.
Recebi
o castigo pela minha curiosidade.
Estava
condenado ao inferno do saber.
Saber
de tudo e ter que calar, saber de tudo e apenas ver.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Eu sou essas frases incompletas que ninguém sabe onde
vai terminar. Sou essa personalidade inquieta. O desejo de ser tudo. O caminho
indefinido. Aquela estrela que cansou de brilhar, por que a beleza maior está
ofuscada aos olhos cegos de quem sempre procura as mesmas fórmulas.
Eu sou a
escuridão, o perigo, as curvas que se modificam, a indecisão de arriscar. Sou o
neutro. O desejo de questionar o colorido. As mãos que deslizam, criam e
modificam. Os lábios que se tocam. Os corpos que se entregam. Sou a cara limpa
sem pinturas. A alma penada que vaga a procura do que ninguém sabe. Sou essa
solidão que me adora. O segredo mais oculto. A caixa de pandora. A saudade do
passado, e a ansiedade do futuro.
Eu sou a verdade de viver sem medo está certo. Sou inteira
não procuro uma metade. Sou tudo o que ninguém quer ser. Mas tudo o que querem
viver. Só que não vivem, por medo de errar. Sou a coragem de escrever essa vil
filosofia, que só os loucos entendem, pois só eles conhecem a verdade que
ninguém mais vê.
Desejo
ver o mar.
Existe
algo melhor do que pisar descalça na areia molhada?
Dá
vontade de rir, de voltar a ser criança e correr de encontro as ondas
que estão sempre querendo abraçar, sempre buscando alcançar alguém.
Em
constante movimento, nunca param, assim como a vida.
As
águas azuis não são calmas. Engana-se
quem pensa que são.
Águas
de dias de tempestade, tortuosas, ás vezes serenas, mas nunca, calmas.
Como
a união de todas as lágrimas que alguém chorou um dia, sem ninguém saber.
De
alegrias... de tristezas... de saudades.
Como
se o mar soubesse segredos que ninguém mais conhece,
Ou entendesse todas as verdades do universo.
Alento
profundo do tempo, consolo do desconhecido.
A certeza
que existe algo muito além do que ousamos imaginar.
A esperança
de tantos corações á deriva nesse mundo.
O mar
não me assusta, convida-me, instiga-me.
Sou atraída pela plenitude da vida estampada nas águas.
Nunca
sabemos o que ele leva embora, ou o que nos traz.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Perdi muitos dos meus
medos e outros ainda permanecem, mas não fico me atormentando por isso, faço planos confiando no dia de hoje e não tento mais adivinhar o meu futuro.
Fiz as pazes com Deus, pois não me importo se ele não fornece as provas que
preciso. O mais importante é ter esperança quando todas as
portas se fecham. Como um calor
que nos aquece nos dias frios e nos fortalece quando nada faz sentido.Toda forma de amor é
válida desde que o amor seja o sentimento que prevalece. È bom correr alguns riscos, de que outra forma poderíamos explorar tudo que a vida tem para nos oferecer? Entendi que “felizes para sempre” são minutos,
instantes e momentos que acontecem e se eternizam no coração daqueles que
viveram.Todos que passam em nosso caminho deixam um pouco de si e levam um
pouco de nós. Não importa quem sejam ou quantas vezes iremos nos apaixonar . Pois todas as pessoas que amamos de verdade, marcam-nos para sempre.
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