Alguém
me disse que comi um livro...
“Comi
um livro?”, perguntei, indeciso.
“Devorei”,
respondi.
Saboreei
o fruto proibido...
Meus
olhos se abriram...
Eu
enxerguei....
Quanto
perigo existe no conhecimento.
A ingenuidade
só é preciosa para aqueles que têm o controle.
Quanto
tormento existe na verdade.
Disseram
que fui expulso do paraíso...
Quem lhes disse que quero ficar numa terra de cegos?
Então, eu vi tudo ao meu redor: fome, miséria, tormento e solidão.
Eu
compreendi, nós ainda estamos nus.
Andei
pelo mundo, conheci a dor e as tristezas.
Chorei
nas noites, sentindo o abandono de tantos órfãos.
E sofri
as dores de todos os partos,
das crianças esquecidas nessa terra, árida.
Tive
saudade da minha inocência.
Naquele
tempo que eu não sabia de nada.
Meus
olhos continuaram a abertos.
Nunca
mais fecharam, nem para dormir.
Recebi
o castigo pela minha curiosidade.
Estava
condenado ao inferno do saber.
Saber
de tudo e ter que calar, saber de tudo e apenas ver.
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