terça-feira, 17 de julho de 2012


Insonia

De um lado ao outro caminho
no escuro do meu quarto,
nem escuto mais meus paços,
falo sozinha apenas para  responder,
escuto a voz da minha consciência
mas já nem pude perceber.
A insonia me abala e o sono que não vem
pego o telefone mas não ligo pra ninguém.
Minha prisão é minha casa,
atormenta-me a solidão.
As feridas de amor não saram 
são barreiras da minha emoção.


sábado, 14 de julho de 2012


Menino...
      Foi bom te encontrar...
            Foi bom sorrir...
                  Foi bom não desistir....
                        Foi bom abraçar...
                              Foi bom te querer...
                                    Foi bom te beijar...
                                          Foi bom viver...
Menino...
      Não foi bom chorar...
             Não foi bom você me magoar...
                     Não foi bom sofrer...
                            Não foi bom te amar...
                                    Não foi bom ficar sem você
                                             Não foi bom te perder...
              

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Palavras

Se não consegue falar para elogiar 
é melhor que se cale,
a rudez de algumas palavras 
bem que poderia evitar,
nem todos estão disposto a ouvir 
então não precisa dizer
o que não é agradável 
mesmo vindo de você,
Nem tudo que pensa 
precisa despejar
pois  quem fala o que quer
pode acabar ouvindo 
o que não quer,
se tem medo de ser criticado
então não devias criticar,
uso melhor se faz das palavras
quando são ditas para elogiar.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Outra vida
Eu me fiz indiferente diante de ti,
vi-te partir.
Logo desisti de ser eu,
buscava-te todo dia
em minha melancolia
guardava suas lembranças,
afundava-me na lama
Refugie--me em minhas paredes,
escondia-me do mundo
por vergonha de alimentar 
o sentimento de amar.
No outro dia acordei
muitos anos haviam passado
não adorei seu retrato,
recolhi nossos objetos,
guardei no baú das desilusões.
Doei nosso amor 
como quem doa um coração
Eu havia morrido para nós
mas agora eu vivia
em outra vida
em outro alguém.

segunda-feira, 9 de julho de 2012


Pai, amor infinito

Pai...
Talvez não tenha sido tudo aquilo que você esperava de um filho,
mas também não fostes o melhor pai do mundo,
tão pouco tudo aquilo que se espera de um pai,
 fostes somente o meu pai.
Estávamos longe de ser perfeitos um para o outro
mas foi nossa imperfeição que fez nosso amor ser maior 
pois precisou ser grande o suficiente para nos aceitarmos 
com todos os nossos defeitos.
Amaste-me desde quando nasci,
 quando me olhou pela primeira  vez sorriu 
nunca mais me deixaste sozinho .
Quando me carregou  no colo tinha medo
 que eu frágil escorregasse de seus braços
 e você pudesse me perder.
Então me apertou com cuidado em seu peito
 para nunca mais sair do seu aconchego ,meu choro cessou.
Acompanhou meus primeiros passos, 
todas as vezes que eu tropeçava e caia você corria ao meu encontro, 
estendia sua mão,  me ajudava a levantar.
 Em sua face o medo que eu me machucasse,
 mesmo assim me incentivava a continuar. 
Colocava-me em seus ombros,
assim tão grande podia alcançar  o céu.
Lembro-me sua aflição no meu primeiro dia de aula
 na porta da escola teve que me deixar partir,
 teve medo de me perder mas tinha que me deixar crescer.
 Eu começava minha jornada pelo mundo.
Eu cresci, foi difícil você aceitar 
que eu não corria mas para sua cama quando sentia medo
 a noite escura não escondia mais meus monstros,
eu não precisava mas de ti,
mas você  precisava de mim ,
 eu não conseguia entender. 
Mesmo assim ao longe me observava, 
quando eu sorria ou chorava, 
quando meu coração alguém partia.
Afastei-me de ti, fiz você sofrer com minha ausência,
 te decepcionei tantas vezes, tropeçava, caia.
 Porém não aceitava mais suas mão para me levantar,eu me machucava.
 Você  continuava me amando mesmo quando seu amor, eu rejeitava.
Eu cresci, tornei-me homem.
Tive meus filhos, conheci seus medos e angústias,
 achei que podia concertar seus erros, no entanto acabei errando mais que você.
 Aproximei-me de ti novamente, precisava do teu colo para me confortar.
  Agora eu  compreendia e nos amávamos ainda mais.
O tempo foi passando, nem tinha notado.
Vi você enfraquecer, suas pernas fraquejarem ao dar seus últimos passos,
 quando você tropeçava, caia eu corria ao seu encontro
 estendia minha mão para ajudar a levantar, 
tive medo que você se machucasse ainda assim te incentivava a continuar.  
Você voltou a ser criança, mesmo quando sua mente lhe enganava,
  você se confundia ainda assim sorria, 
enquanto eu te aconchegava em meu peito com cuidado,
 quando seu corpo não  lhe obedecia , tive medo que você  agora tão frágil 
escorregasse de meus braços e eu pudesse te perder,nosso amor só continuava a crescer

Pai! Nunca estive preparado para te perder,sempre precisei de você.
Quando seus olhos  fechados, não mais me olhavam.
 Percebi, para você sempre fui criança.
Tudo que hoje sou agradeço a você que me ensinou a viver,
 nunca fui o melhor filho do mundo mesmo assim me amava pois era somente seu filho.
Quando Deus te chamou, para seu leito de descanso,
 eu definhando em prantos descobri que  esse amor jamais deixaria de existir
 por  que  amor de pai é infinito.

" Essa mensagem para que todas as pessoas possam refletir sobre a vida e sobre o verdadeiro valor daqueles que nos amam"
( Déynha pinheiro)

sábado, 7 de julho de 2012

Escrevo versos como quem escreve o amor.

Não falo sobre as ilusões e sonhos.
Nem as maledicências do mundo.
Não vivi a pobreza profunda para escrever sobre a verdadeira miséria.
Nunca fui rico o bastante para gozar dos exageros que o dinheiro pode proporcionar.
Posso dizer que muito me faltava. Mas, sempre tive tudo o que precisava.
Não fui um viajante para detalhar belezas dos lugares onde estive.
Não fui aventureiro para contar os feitos dos lugares onde passei.
Não vivi grandes paixões e acho até que nunca amei.
Não lutei por nada, pois nunca tive objetos que me fizessem lutar.
Não fui vencedor, mas aqui cheguei.
Não fui orador e nunca falei.
Não falo sobre romances que todos gostaria de ler.
Não conto sonhos, conto histórias que alguém viveu.
Não escrevo meus cantos, pois quando escrevo não canto, minha alma grita.
Definitivamente, não me olhem como um poeta.
Poeta não sou! 
Nem seria digno de tal título. Sou apenas humano!
O mais escarnecido de todos.
Aproveito-me da escrita que alguém inventou.
Sou parasita! Poeta não sou!
Escrevo versos como quem escreve o amor.


sexta-feira, 6 de julho de 2012


Equilíbrio
Existem dois caminhos em nossa vida,
há sempre uma escolha a fazer,
amar-te e não amar-te.
Amar-te para sofrer,não amar-te para viver.

Sendo assim,amar-te-ei sempre,
mesmo quando não te amo
e quando jurar amar-te
ainda assim não estarei te amando.

Esse será meu equilíbrio
entre a luz e a escuridão
entre a realidade e a ilusão.

Não te amar para voltar amar-te
e amar-te-ei para  não te amar
mesmo quando estiver amando-te.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Meus rascunhos

Meus rascunhos são como espelhos,
imagens de tudo que passou.
Refletem minha alma
quando falo de amor.

Entre tantas linhas que rabisco,
são momentos que me arrisco.
Nessa  confusão de rimas esboçadas,
retrato estilhaços de uma face que se transformou.

E nessa inércia do meu tempo,
no qual nesses rascunhos te encontro.
Entre tantas páginas de vida reviradas.
mas, nem sei se ali estou.

Fitando-me novamente nesse espelho,
na qual ainda posso vê-lo.
Fragmentos de um passado,
quando não ouso mais falar de amor.

Vou lendo e tentando descobrir pedaços do que hoje sou,
nessas frases, minuciosamente, detalhada estava.
Entretanto, nem me lembro se ria, ou se chorava.

Nas sílabas que contavam, lindas histórias de amor.









domingo, 1 de julho de 2012

Homens de paletó e gravata
Eles...
derrubaram nosso muros,
destruirão nossas casas
invadiram nossos sonhos,
cuspiram em nossa face,
nos trataram feito animais.


Usurparam nossa educação,
fomos feitos prisioneiros em nossas casas,
vivendo atrás de grades com medo,
sem honra nem dignidade,
sem direito a ter liberdade.


Como se não bastasse eles,
arrancaram nossos filhos,
arrasaram nossos lares,
prostituirão nossas meninas,
transformaram nossas crianças em marginais.


Eles...
obrigaram-nos a viver na miséria,
enquanto enchiam  os bolsos com nosso dinheiro,
dinheiro do nosso trabalho
enquanto morríamos nas filas de hospitais.


Passamos fome,
vivemos em lixão como mendigos,
enquanto disputam cargos em senados
 e direito para possuir carros importados,
enquanto não temos nem o direito a ser cidadão.


Homens de paletó e gravata,
esqueceram de onde vieram,
e quem foi que poder lhes deu,
poderiam ser super-heróis da nossa nação
mas preferem fazer vezes de vilão.