sábado, 7 de julho de 2012

Escrevo versos como quem escreve o amor.

Não falo sobre as ilusões e sonhos.
Nem as maledicências do mundo.
Não vivi a pobreza profunda para escrever sobre a verdadeira miséria.
Nunca fui rico o bastante para gozar dos exageros que o dinheiro pode proporcionar.
Posso dizer que muito me faltava. Mas, sempre tive tudo o que precisava.
Não fui um viajante para detalhar belezas dos lugares onde estive.
Não fui aventureiro para contar os feitos dos lugares onde passei.
Não vivi grandes paixões e acho até que nunca amei.
Não lutei por nada, pois nunca tive objetos que me fizessem lutar.
Não fui vencedor, mas aqui cheguei.
Não fui orador e nunca falei.
Não falo sobre romances que todos gostaria de ler.
Não conto sonhos, conto histórias que alguém viveu.
Não escrevo meus cantos, pois quando escrevo não canto, minha alma grita.
Definitivamente, não me olhem como um poeta.
Poeta não sou! 
Nem seria digno de tal título. Sou apenas humano!
O mais escarnecido de todos.
Aproveito-me da escrita que alguém inventou.
Sou parasita! Poeta não sou!
Escrevo versos como quem escreve o amor.


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