(...) Entre tantas coisas que
acreditava , pensei que soubesse. Percebi que não sei nada, quando me vi
confrontando meus valores, tantas e tantas vezes propagados, construídos entre
folhas e papéis, livros e escritos. Por
que poderia ter tanta certeza que estivéssemos certos, se tudo que vemos é
superficial. E tudo que não vemos é o que precisamos descobrir de verdade. Olhar para o outro e
esquecer a carapaça forçada. Despir-se de si mesmo, para esquecer todos os
nossos falsos julgamentos. Desnudarmos nossa consciência manipulada. Admitir nossa condição de miseráveis ignorantes. E que a vida é uma constante aprendizagem. A verdadeira sabedoria,
liberta, não subjuga e não condena. Precisamos olhar o mundo como no primeiro
dia da criação. Onde tudo era apenas um rascunho na consciência.
E tudo era lindo. Pois existia perfeição na indefinição das formas. Uma forma fazia da existência ignorada. Somente as escuridão existia e também era linda, por que através dela surgia a luz. Não existia a distinção de definição da forma. Logo, não havia rejeição, por que nada era nomeado. Nomear é também limitar-se. Quando vamos de encontro ao desconhecido nossa consciência está livre para descobrir por si mesma. Essa é a circunspecção liberadora da humanidade.
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