sábado, 15 de dezembro de 2012

Pescador















A beira do cais homem de pele rugosa,
queimada pelo sol.
-Puxa.Puxa a rede!
Descobre forças onde já não existe,
franzino de corpo esquelético.
Parece-lhe farto o arrasto,
dinheiro pouco, quase não vê.
No prato de ninguém irá faltar,
finos restaurantes vão se deleitar,
O pescado no mais alto requinte,
vendido  a preço de ouro nos pratos dos granfinos.
Dinheiro o pescador não vê!
Pés descalços.Roupas rasgadas.
Para os filhos pirão e Gó!
Ninguém tem dó?
Tanto trabalha o pescador pra viver na miséria,
tantos filhos que tem falta-lhe a memória,
melhor gritar pelo apelido:
- Quinho, Binho, Dinho, Leleco, Zé!
No ver o peso contam-se mais de cem,
pedindo esmola,passando fome.
Por isso dizem que meu Brasil é belo?
Quem mais trabalha tem que sofrer?
Enquanto poucos vivem na fartura,
sem conhecer como a vida do pescador
em minha Pátria é dura.

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